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Citizens of Belo Horizonte, 2015

Cidadãos de Belo Horizonte, 2015

relief printing | gravura
24 x 30 cm

artist collection

After some years moving back to Belo Horizonte city in Brazil, I crossed with a chaotic urban setting, a new social order, where the city denies its citizens, now victimized by aggressions of the modernity, annulled by the crowd, and condemned to wander the city like a drunk in a state of abandon. I spent part of my time walking around the city or searching in public and private archives something that could depict me that urban scenery. I always found the walk as a creative activity, and it is through it that I encounter conceptual references and material objects to compose my artistic experiences. Just as the flâneur, a term coined by Charles Baudelaire, I walked through the city in order to experience it, and my routes were plotted according to what attracted me: a plaza, an alley, a homeless, a beggar, individual stories, an abandoned building or a crowd street. Like  a stroller’s temple, the city was a kind of sacred space of my wanderings where I encountered its contradictions, its multiplicity, tension on the indifference towards its people. It was through this quest for urban panorama that this work was created. Like the flâneur - the reader of the city – who tries  to decipher the meanings of urban life, I searched through my wanderings a way to transform the city into a space to be read, an object of investigation, a forest of signs to be decoded - in short, a text.

Após alguns anos de volta à minha cidade de origem Belo Horizonte, me deparei com um cenário caótico, uma nova ordem social onde a cidade nega seus cidadãos agora vitimizados pela agressão da modernidade, anulados pela multidão e condenados a vagar pela cidade num estado de abandono. Passei parte do meu tempo caminhando pela cidade ou procurando em arquivos públicos e privados alguma coisa que descrevesse o cenário urbano. Semprei achei que o ato de caminhar fosse uma atividade criativa, e é através deste ato que encontro referências concentuais e objetos materiais para compor minhas experiências artísticas. Como um flâneur, termo usado por Charles Baudelaire, caminhei pela cidade para poder experimentá-la, e deixei que minhas rotas fossem construídas com o que me atraía: uma praça, uma ruela, um sem teto, estórias que ouvi, um prédio abandonado ou uma multidão. Como um templo de um andarilho, a cidade era um espaço sagrado para minhas andanças onde encontrei  em suas contradiões e multiplicidade, tensões sobre as diferenças entre seus cidadões. Foi através dos questionamentos que fiz sobre este panorama urbano que este trabalho foi criado. Como um flanêur - o leitor da cidade - que tentei decifrar os significados da vida urbana. Procurei através de minhas andanças um caminho para transformar a cidade num espaço a ser lido, num objeto de investigação, numa floresta de signos para ser decodificado - em poucas palavras, um texto.

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